RESUMO
Objetivo: avaliar a organização da atenção básica e processos de trabalho de 243 equipes de Saúde da Família em 101 municípios de baixo desenvolvimento econômico, que recebem incentivos estaduais. Método: análise de indicadores e entrevistas com o gestor e Equipes de Saúde da Família realizadas por auditores e técnicos da área de atenção básica das DIR - Diretorias Regionais de Saúde (fase I). Monitoramento dos resultados, após seis meses, verificando se houve avanço na organização da atenção básica no município, estrutura e processo de trabalho das equipes (fase II). Resultados: houve melhora nos processos de trabalho. Municípios com piores resultados guardam relação com a posição que ocupam no IDH e municípios com melhores resultados têm relação positiva com a faixa maior de cobertura da ESF, porém, há concentrações de resultados favoráveis e desfavoráveis por DIR, que se mantiveram na segunda avaliação. Conclusões: resultados menos favoráveis se concentram em municípios que apresentam condições que os tornam mais vulneráveis - menor IDH, barreiras geográficas, dificuldade de fixação de profissionais, distanciamento de pólos de atração para mercado de trabalho, de oportunidades de formação, baixa oferta de serviços de modo geral e pouca capacidade de mobilização da população. É necessário apoio técnico do gestor estadual a esses municípios na organização e modelo de atenção básica, repensando-se as formas de financiamento com os recursos estaduais.
Assuntos
Saúde da Família , Pessoal de Saúde , Estratégias de Saúde Nacionais , Regionalização da SaúdeRESUMO
Objetivo: avaliar a organização da atenção básica e processos de trabalho de 243 equipes de Saúde da Família em 101 municípios de baixo desenvolvimento econômico, que recebem incentivos estaduais. Método: análise de indicadores e entrevistas com o gestor e Equipes de Saúde da Família realizadas por auditores e técnicos da área de atenção básica das DIR - Diretorias Regionais de Saúde (fase I). Monitoramento dos resultados, após seis meses, verificando se houve avanço na organização da atenção básica no município, estrutura e processo de trabalho das equipes (fase II). Resultados: houve melhora nos processos de trabalho. Municípios com piores resultados guardam relação com a posição que ocupam no IDH e municípios com melhores resultados têm relação positiva com a faixa maior de cobertura da ESF, porém, há concentrações de resultados favoráveis e desfavoráveis por DIR, que se mantiveram na segunda avaliação. Conclusões: resultados menos favoráveis se concentram em municípios que apresentam condições que os tornam mais vulneráveis - menor IDH, barreiras geográficas, dificuldade de fixação de profissionais, distanciamento de pólos de atração para mercado de trabalho, de oportunidades de formação, baixa oferta de serviços de modo geral e pouca capacidade de mobilização da população. É necessário apoio técnico do gestor estadual a esses municípios na organização e modelo de atenção básica, repensando-se as formas de financiamento com os recursos estaduais. (AU)
